sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

lembranças

Ontem demorei para dormir, eu e todas as lembranças.
E não foram lembranças boas, foram tristes, de erros cometidos no passado.
Erros que trouxeram dor, não só para mim, mas para os meus entes mais queridos,
os mais preciosos. Únicos. Essenciais. E as lembranças vinham, como um jato d'água,
fortes, rápidas, doloridas. Arrependimento. Esse era o sentimento que mais doía,
arrependimento por ter sido teimosa, infantil. Tudo bem, eu tinha 15 anos. Mas e daí!?
Doeu igual. Hoje não dói mais. Mas ontem, foi como se eu tivesse vivendo tudo aquilo
de novo. Em segundos.
(Carlos Drummond de Andrade)

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